quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Tipos psicológicos - conhecendo a si mesmo e aos outros


Fiquei sabendo da existência dessa classificação em tipos psicológicos por um amigo. Comecei a entender sobre isto principalmente por nossas conversas. Além de aplicarem isto na empresa dele, o psicólogo explica tudo.

Entender seu tipo psicológico é bem importante não somente durante sua carreira, mas também pode ajudá-lo a escolher uma carreira pensando como confortável ou apto se sente no papel que precisa exercer para a posição.
Sem contar que é esperando que se for recrutar alguém, você tenha uma noção dessas coisas. Ou no mínimo o seu gerente de recursos humanos.

Você pode fazer um teste gratuito neste link (que eu uso) ou  neste outro que achei.

Outra coisa é que por você ter certo perfil, não significa que você não possa ter a dicotomia oposta evoluída também, mas sim que você tem uma preferência no modo de pensar e agir pela que deu.


Atitudes 
[ E (extroversão) - I (introversão) ] - como interagem com outras pessoas 

Extrovertidos agem primeiro e depois pensam. Geralmente são sociáveis, falar e trabalhar com outras pessoas é fundamental para seu equilíbrio.
Perdem a concentração se não conversam um pouco.
São bons em atendimento ao público, palestras, reuniões e trabalhos em equipe.

Introvertidos passam bastante tempo em sua própria mente, obtém energia estando envolvidos com ideias, pensam bastante antes de agir.
Não curtem uma conversa mole como os extrovertidos, em geral não são muito sociáveis.
Desejam um espaço só seu, trabalham e estudam tranquilamente sozinhos e gostam de calma para concentração.
São bons em fazer relatórios bem detalhados e trabalhos que exigem concentração.

Só pra deixar uma coisa clara: ser introvertido não tem nada a ver com ser tímido. Você pode ser uma pessoa extrovertida e tímida. Isto só significa que você gosta de ficar perto de outras pessoas.
Timidez tem a ver com o receio do julgamento alheio.

Funções
[ S (sensorial) - N (intuição) ] - como obtém as informações

Sensorial confiam em informações palpáveis e concretas, informações sensoriais. Analisam o mundo de maneira mais prática e momentânea. Não toleram falta de bom senso e são metódicos e cuidadosos com os detalhes.
Gostam de maneiras que já foram testadas para fazer as coisas.
Vai direto ao plano, são os que executam.
São bons em trabalhos de rotina, são organizados, detalhistas e checam tudo.

Intuitivos preferem informações abstratas e teóricas, que podem ser associadas com outras informações. Passam bastante tempo pensando e analisando as coisas, repensando as cenas várias vezes, não se prendem aos detalhes pois querem entender o conjunto.
Tendem a pensar no futuro, alguns passos a frente. Pensam também na possibilidade do impossível. São os que planejam.
Valorizam suas percepções pessoais, confiam em seus pressentimentos e percepções.
Gostam de criar novas metodologias e testá-las.
Passam por momentos de "pique total", seguidos de momentos de descanso.
São bons em atividades de criação, trabalho sem rotina e com poucos detalhes a serem checados.

[ T (pensamento) - F (sentimento) ] - como tomam as decisões

Pensamento, tomam as decisões objetivas baseadas na lógica e procuram argumentos racionais. Tendem a ser firmes em suas opiniões.
Prestam atenção nas ideias e pensamentos das pessoas.
São capazes de advertir pessoas próximas se baseando em aspectos racionais, deixando o emocional de lado. Não tem problemas em criticar alguém.
São bons em tomar decisões lógicas e racionais.

Sentimento, tomam as decisões baseadas no sentimento e também conseguem expressar melhor seus sentimentos.
Prestam mais atenção nos sentimentos das pessoas. São preocupados com isto e evitam contar coisas desagradáveis. Não tem problemas para elogiar.
Baseiam sua decisão em aspectos pessoais e emocionais e consideram o quanto a decisão envolve as pessoas. São mais maleáveis.
São bons em lidar com o público em geral e considerar os outros antes de tomar decisões.

Estilo de vida
[ J (julgamento) - P (percepção) ] - sua postura diante do mundo

Julgamento, são bem competitivos e determinados com opiniões fortes. Preto no branco, mais unilateral.
Só se sentem tranquilos quando a decisão está tomada. Tomam as decisões de forma rápida, sem considerar muito as informações envolvidas.
Costumam se organizar e planejar o que deve ser feito, tentam seguir o plano à risca. Costumam utilizar um cronograma.
Tem uma vida organizada e planejada.
São bons em planejamento, cumprimento de prazos e atividades que devem ser feitas rapidamente.

Perceptivo é mais neutro, mais tranquilo e despreocupado, vê ambos lados da situação muito bem.
Precisam sempre colher a maior quantidade de informações para tomarem suas decisões de maneira mais segura.
Sentem-se mais tranquilos deixando opções em aberto para mudanças de ultima hora.
Improvisam e adaptam-se com facilidade a situações de mudança.
Costumam usar uma lista de coisas e atividades que farão um dia. Tem uma vida espontânea e flexível.
São bons em atividades cuja rotina muda a todo momento e tomar decisões que envolvem pesquisa antes.


Eu, INTP - O Pensador; O Engenheiro; O Arquiteto.

Eu sou uma INTP, 2,5% da população, ou, por ser uma INTP mulher, sou parte de 1% da população mundial.

Sou lógica, quieta e reservada, curiosa, flexível, e adaptável.
Independente, não convencional, engenhosa e original.
Individualista, sem o desejo de liderar ou seguir os outros.
Tímida em conhecer novas pessoas, mas auto-confiante e sociável perto de pessoas que conheço bem ou discutindo um assunto ao qual entendo bem.
Um tanto quanto empática.
Sou focada em ideias, teorias e na explicação de como as coisas funcionam.
Procuro uma explicação lógica a tudo que me interessa.
Acho importante que ideias e fatos sejam expressados correta e sucintamente.
Sou adepta de discussões e debates.
Tenho a habilidade de focar inteligentemente em certo assunto.
Porém tenho tendência a abandonar um projeto, vez que já o compreendi totalmente. Sem ter muita paciência de explicar para os outros até que entendam.
Aprecio e respeito a inteligência de outros.
Valorizo conhecimento acima de tudo.

Cética e as vezes crítica, sempre analítica.
Sou perfeccionista e exigente.
Determinada, mas insegura.
Sensível a tragédias, maldades e situações indelicadas, podendo me tornar depressiva ou ansiosa.

Sou tranquila e passiva até que meus princípios sejam violados.
Sou uma pensadora e meu mundo interior é governado pela lógica. A tarefa da minha mente é pegar cada ideia ou experiência e colocar numa maior estrutura lógica.
Vivo também no mundo de possibilidades teóricas. Vejo tudo em termos de como poderia ser melhorado ou transformado e analisando teorias vigentes.
Tenho a habilidade de analisar difíceis problemas, identificar padrões, e sair com explicações lógicas.
Procuro clareza em tudo e sou motivada a construir novos conhecimentos.
Com inteligência de alto valor e habilidade de aplicar lógica a teorias para encontrar soluções.

Sou a pessoa que tem as ideias, pensadora criativa.
Posso parecer um pouco "sonhadora" por passar muito tempo na minha mente meditando sobre as coisas.
Detesto rotina.
Prefiro construir soluções teóricas e deixar a implementação para os outros. Esta é um tanto quanto enfadonha para mim.

Sou o meu melhor quando posso trabalhar em minha teorias independentemente.
Quando num ambiente que suporta meu gênio criativo e possível excentricidade, posso alcançar coisas notáveis.

INTP são os pioneiros de novos pensamentos na sociedade.

Algumas personalidades INTP são:
Abraham Lincoln (presidente americano), Albert Einstein (fisicista), Charles Darwin (biólogo), Carl Jung (psiquiatra cujas teorias desenvolveram o MBTI), Gerald Ford (presidente americano), Immanuel Kant (filósofo),  Socrates (filósofo), Rene Descartes (filósofo), Meryl Streep (atriz), Mary Kate e Ashley Olsen (atrizes), John Quincy Adams (presidente americano) e John Tyler (presidente americano).

Basicamente uns filósofos, presidentes americanos e economistas.


Algumas carreiras favoráveis para um INTP:

Advogado, agente funerário, agente, analista de sistemas, animador gráfico, antropólogo, arqueólogo, arquiteto, artista, assassino, astronauta, astrônomo, ator, cientista, consultor, desenhista de quadrinhos, desenvolvedor de software, designer de jogos, economista, engenheiro de sistemas, engenheiro, escritor freelance, especialista em computação, estudante, filósofo, fotógrafo, geólogo, gerente de planejamento, gerente de recursos humanos, guarda florestal, historiador, intérprete, inventor, investidor bancário, investigador, juiz, matemático, médico legal, músico, pesquisador, pintor, planejador estratégico, planejador financeiro, professor, psicólogo, vagabundo, web designer.


Fontes:
Classificação tipológica de Myers Briggs
About the INTPJung Type Descriptions
Portrait of an INTP
Myers & Briggs Foundation
CHIAVENATO, Idalberto. Carreira: você é aquilo que faz - São Paulo : Editora Saraiva, 2006.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Moda, isto é belga




Como tudo começou...

Em 1981 o ministro da economia, Willy Claes desenvolveu o "Textielplan", ou em português, o plano têxtil. Ele tinha o objetivo de apoiar a indústria têxtil o máximo possível dando suporte financeiro para as companhias mais frágeis.
Helena Ravijist, professora de têxtil, é apontada como conselheira do ITCB (Institute for Textiles and the Clothing Industry in Belgium) e convidada a dar forma ao plano de cinco anos do ministro.
Ela cria a campanha de orgulho de moda belga "Mode, dit is Belgisch " e organizam então em 1982 o "Golden Spindle Contest", uma cooperativa com os estilistas graduados belgas para promover a indústria têxtil e de moda belga.

A fama...

Graduados entre 1980 e 1981 na Royal Academy of Fine Arts (que faz parte da Artesis Hogeschool Antwerp desde 1996) ensinados pela Linda Loppa, o coletivo Antwerp Six (Walter Van Beirendonck, Dirk Van Saene, Dries Van Noten, Dirk Bikkembergs, Ann Demeulemeester e Marina Yee) alugou um caminhão em 1987 e partiu para a semana de moda britânica em Londres onde estavam todos entendiados com a moda no momento e ansiosos para verem algo novo e empolgante. Foi o momento perfeito, sendo comentados por toda mídia, a qual os nomeou "Antwerp Six" pois não conseguiam pronunciar seus nomes.

É importante mencionar também que essa empreitada foi organizada por Geert Bruloot.
Bruloot abriu uma loja chamada Coccodrillo em 1984, a qual vendia somente desginers belgas. Coisa que era bem difícil de se fazer na época. Ele tinha o objetivo de vender calçados que valorizavam a criatividade ao invés do consumismo e apoiava os estilistas de lá.
Entrevista dele contando como foi.

Fonte contando a história com todos os detalhes.
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Alguns nomes importantes na história...

Mary Prijot - fundadora do departamento de moda da academia
Inglesa nascida em 1917, muda-se para Antuérpia com 6 anos de idade.
Em 1963 funda o departamento de moda e figurino da Royal Academy of Fine Arts.
Atua como diretora do departamento por 19 anos. Falece em 1990.


Linda Loppa - professora e diretora da academia
Graduada em 1971, trabalhou como estilista para uma fábrica de casacos de chuva e gerenciou uma loja no centro da Antuérpia, a qual introduziu marcas vanguarda italianas e francesas. 
Em 1982, com a aposentadoria de Mary Prijot, torna-se professora e diretora da academia até 2007. 
Foi jurada do "The Golden Spindel".
Em 1987 abriu uma loja a qual vendia marcas como Romeo Gigli, Jean-Paul Gaultier, Helmut Lang e Comme des Garcons. 
De 1992 a 1997 trabalhou na parte de logística para Dries van Noten. 
Co-fundadora do Flanders Fashions Institute instalado em 1998.
Linda inicia a realização do Mode Museum aberto para o publico em 2001 e ocupa o cargo de superintendente.
Em 2007 muda-se para Florença para ser reitora da Polimoda.

Fonte
Breve palestra no TED


Walter Van Beirendonck - estilista, professor e diretor da academia
Gradudo em 1980, apresentou sua primeira coleção em 1982, começa lecionar da academia em 1985, em 1987 apresentou sua coleção em Londres como parte dos "Antwerp Six", em 2007 sucede Linda Loppa como diretor da academia.
Além de sua marca epônima, também criou a marca aestheticterrorists que durou de 1999 a 2004


Paul Boudens - designer gráfico
Em 1991 completa seus estudo de design gráfico e ilustração na Sint Lucas Hogeschool em Antuérpia. Imediatamente começa trabalhar com Beirendonck, o qual delineou novas linhas para o logo de sua empresa. 
Logo após surgem diversos projetos para designers como Wim Neels, Jurgi Persoons, Dries Van Noten, A.F. Vandevorst, Olivier Theyskens e Yohji Yamamoto. Assim como o logo do museu de moda da Antuérpia (MoMu).
Em 2003 publica seu primeiro livro: Paul Boudens Works Volume I. 
Recebeu diversos prêmios por seu trabalho.

Olivier Rizzo - stylist, consultor criativo e editor de moda
Graduado em 1993 na academia de Antuérpia, se juntava com seu colega de faculdade, Willy Vanderperre (que mais tarde tornou-se fotógrafo) aos fins de semana para fazerem editoriais.
Em 2001 Marc Jacobs o convidou para fazer o styling do desfile masculino da Louis Vuitton. Com a ajuda de Vanderperre ele fez o casting e acabou continuando como consultor na marca por três anos, antes de trabalhar com Dolce & Gabbana, Jil Sander e Prada.


Willy Vanderperre - fotógrafo
Formado junto com Olivier Rizzo (styling) e Peter Phillips (make-up), juntavam-se aos fins de semana para fotografarem editoriais. Willy mandava as fotos para a revista I-D perguntando se gostavam e gostariam de publicá-las, o que dava certo.


Peter Philipis - maquiador
Após se formar em design gráfico em Bruxelas, volta para Antuérpia para estudar fashion design na academia. A faculdade mandou um ônibus para semana de moda de Paris, e, enquanto ajudava a vestir os modelos, ele viu a equipe de beleza trabalhando e pensou que poderia fazer o mesmo. 
Após a graduação em 1993 ele se focou em maquiagem. Construiu seu portfólio com os trabalhos com Rizzo e Vanderperre.
Em 2008 Lagerfeld o convidou para ser o diretor criativo de maquiagem da Chanel, ficando na posição até 2013.
Obs.: Philips começou com a maquiagem aos 27 anos.
Fonte


David Vandewal - stylist
Graduado na academia de moda de Bruxelas em 1992, começou trabalhando com Dries Van Noten e logo começou desenvolver tecidos e acessórios que seriam as bases das coleções.
Colaborou com diversas revistas, fotógrafos e marcas.
Fonte


Bob Verhelst - cenógrafo
Graduado em 1979 na academia. Trabalha como estilista para algumas marcas comerciais, de 1989 a 1998 colabora com Martin Margiela.
Faz a cenografia de diversas exposições e desfiles de grandes marcas.


Me foquei no perfil de alguns não-estilistas para mostrar como é legal e foi importante que houveram colaborações com amigos trabalhando em áreas complementares para a criação de uma imagem de moda completa. É interessante ver também como cada um evoluiu individualmente anos depois.

Segue lista de demais graduados da academia:

Dries Van Noten
Ann Demeulemeester
Martin Margiela
Dirk Bikkembergs
Dirk Van Saene
Marina Yee
Jurgi Perssons
Veronique Branquinho
Raf Simons
A.F. Vandevorst
Bernhard Willhelm
Lieve Van Gorp
Patrick Van Ommeslaeghe
Bruno Pieters
Haider Ackermann
Anna Heylen
Angelo Figus
Eric Verdonck
Anne-sophie de Campos Resend’s


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ModeNatie, edifício composto pelo Flanders Fashion Institute, o museu de moda MoMu, a livraria do MoMu e o departamento de moda da Royal Academy of Fine Arts.

Curadora do MoMu, Karen Van Godtsenhoven, falando sobre o museu.

Flanders Fashion Institute ajuda designers belgas a profissionalizarem seu negócio e coloca-os em contato com os compradores, jornalistas e amantes da moda.
Toda empresa saudável de moda é baseada em quatro pilares: criação, produção, distribuição e promoção.
Eles entendem que a maioria dos designers de moda se apoiam no pilar criativo e não sucedem nos negócios. O instituto foi criado em 1998 para ajudar os designers a adquirirem habilidades necessárias para administrar esses quatro aspectos. O FFI é focado em informar, treinar e promover.


A Magazine Cureted By, concebida como a primeira revista de moda belga, é uma publicação que convida diferentes estilistas (ou marcas) a expressarem seus universos, trazendo seus valores estéticos e culturais.
Já houveram curadorias de Dirk Van Saene, Bernhard Willhelm, Hussein Chalayan, Olivier Theyskens, Viktor & Rolf, Maison Martin Margiela, Yohji Yamamoto, Haider Ackermann, Jun Takahashi, Martine Sitbon, Veronique Branquinho, Kris Van Assche, Riccardo Tisci, Proenza Schouler, Giambattista Valli, Rodarte e Stephen Jones

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O mais interessante é ver como as coisas foram evoluindo, e como isso pode acontecer aqui no Brasil também e chegarmos a ter uma moda importante reconhecida mundialmente.
O apoio do governo e mentes criativas que tomaram inciativa foi fundamental para a formação e evolução de tantos talentos na época.
O trabalho colaborativo entre os estreantes juntando estilo, fotografia, styling, maquiagem proporcionou empurrarem barreiras na época e a tão importante criação do novo.

Para informações mais completas sugiro este link.
E o melhor arquivo de moda contemporânea.



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Identidade - Súbita crise na moda brasileira.



De repente todos falando dessa tal crise na identidade de moda brasileira. Até o BoF publicou um artigo.
Diversos problemas (prazo) fizeram várias marcas importantes (Glória Coelho, Reinaldo Lourenço, Maria Bonita, Alexandre Herchcovitch(masculino), Huis Clos, Iódice, Cia. Marítima e Vitorino Campos) desistirem de desfilar o Verão 13-14 do SP Fashion Week que ocorreu em março. Isto com certeza enfraqueceu nossa semana de moda, porém não é justo, por conta disto, declararem uma crise de identidade.

O problema de fato apontado pelo BoF são as marcas extremamente voltadas para o comercial (Colcci, TNG, Triton e Cavalera) apresentando tendências não originais mastigadas da Europa.

As grandes marcas já tomaram território brasileiro dando mais opções aos consumidores e aumentando a concorrência e dificultando a vida das empresas nacionais.

Voltando sobre o assunto identidade.. acho complicado quererem estipular uma identidade de moda para um país que ainda tem pouca experiência nisto comparado com os famosos.
É fácil reconhecer a moda de Londres com sua exploração em novas proporções, Paris sofisticada com sua maestria em executar lindas peças, Milão com sua exuberância, Japão misturando lindamente o oriente com ocidente e Nova Iorque com seu comercial contemporâneo destacando-se pelo Marc Jacobs.
Fora isso, o que se fala sobre as outras semanas de moda mundo afora? As cerca de 80 sem contar os eventos menores como Casa de Criadores.
Qual identidade de moda da L'Oreal Melbourne Fashion Festival por exemplo? Eu não sei. Alguém talvez saiba e possa contar.

A questão que quero chegar é que eu acredito sim que existe uma identidade da moda brasileira, mas mais do que isso existem as características regionais. Nos países da Europa essas características devem ficar fáceis de generalizar e definir para o país todo por serem pequenos e com pouca diferencia regional, porém no Brasil, onde sudeste, nordeste são completamente diferentes, com pessoas, costumes e culturas diferentes, onde até Rio e São Paulo representam lifestyles tão opostos, fica difícil estabelecer uma identidade de moda do país.

Acredito que o que faz sentido estilistas que se caracterizam com determinadas estéticas exibirem seus shows nos respectivos países que fazem sentido se assim quiserem. Da mesma forma que os incríveis e experimentais belgas desfilam em Paris e Pedro Lourenço já foi.

Não existem mais fronteiras em referências globais para a criação. Todos estão recebendo e assimilando as mesmas maiores notícias. Um designer brasileiro não é somente um criador brasileiro, mas também parte global. Todos somos um pouco do que nos cerca e do todo que conhecemos.

A tal identidade de moda brasileira simplesmente é o designer brasileiro.
Se tivermos pessoas incríveis fazendo shows incríveis, não importa aonde exibimos, e sim da onde viemos.
Vejo isto pelo exemplo da moda belga que é super reconhecida pelos estilistas formados lá que porém não desfilam lá.

Agora também ainda não sei dizer a característica que nos define, mas creio que em pouco tempo isto ficará claro.

domingo, 5 de maio de 2013

JW Anderson - Empurrando barreiras sobre a estética do vestuário masculino-feminino


JW Anderson Autumn/Winter 2013-14

Empurrando barreiras sobre a estética do vestuário masculino-feminino.
É assim que o estilista J.W. Anderson tem sido visto perante seus últimos shows.
O discurso de Jonathan é claro: roupa tem que ser empolgante.
O objetivo dele é criar o novo, é sobre como o vestuário poderia ser. Quando você apresenta uma ideia, ela deve causar uma reação.
E o constante assunto sobre androginia nas suas coleções está suficientemente bem explicado: Roupa é roupa, não é feminino ou masculino. Para ele é sobre um personagem.

Nesta coleção diz ser sobre construção, arquiteturas suspensas, linha e sobre como você pode desproporcionalmente equilibrar aquele personagem construído.


E o mais legal de tudo é ver como as coleções do estilista vão evoluindo gradativamente e como é importante acreditar na sua própria visão.

E mais um detalhe.. as vendas da JW aumentaram muito após seu desfile que gerou tanta controvérsia.

      

Fotos do Vogue.co.uk.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Branding Trends

Esses dias fui numa ótima palestra sobre branding trends com Marc Gobé e Martha Gabriel. Os dois são demais, mas a Martha é incrível. Fala super bem e é dinâmica sem ser confusa.

Pra dar uma resumida nuns pontos relevantes...


- É preciso entender o que é relevante para o público. O que é importante e faz ele mover.
- Seja aquilo que você quer parecer. 
- Tenha um DNA com os valores que quer passar.

- Transmedia storytelling = ter a história da marca em todas as plataformas de mídia, mas não com o mesmo conteúdo. Ex.: Matrix (filme, animação, game, HQ).

- A marca precisa de uma história. Isto faz as pessoas se identificarem e a torna forte.
- É preciso ter alguém que saiba contar estória. Precisa ter narrativa. A estrutura do pensamento é baseado em estórias.

- Faça colaborações!

- A cultura vive de sedução.
- Storytelling => tecnologia + narrativa + marketing + design.

- A marca vira conteúdo e o conteúdo vira a marca.
- "O segredo não é correr atrás das borboletas, e sim cuidar do jardim para que elas venham até você."

- Faça algo que como consequência transforma seu mercado. Ex.: A Michelin fez um guia de restaurantes para que as pessoas que tinham carro saíssem mais com eles e gastassem pneu.

- Broad Placement. Ex.: 007 vende relógio e carro.

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- As pessoas não querem ser tratadas como consumidoras o tempo todo. Elas querem ser amadas pela marca também e serem parte de algo importante.
- Emoções são sobre seres humanos.

- Humanização da marca: cabeça, coração, vísceras. As pessoas querem estar conectadas e serem surpreendidas
- Lembre-se que as pessoas precisam estar num bom momento para receber certo tipo de informação.
- Saber onde estão seus clientes e como eles se sentem.
- Analisar a população prevista para o futuro.
- 75% de todas as compras são influenciadas pelas mulheres. O que as mulheres querem? 
- Uma identidade, logo, também é um meio de comunicação, não precisa ser estático, pode mudar.
- Uma marca se torna uma plataforma, um meio das pessoas se expressarem.
- As marcas não devem ditar, e sim dar a tela em branco para as pessoas escolherem o que querem e poderem se expressar. "Brands helping you brand yourself".
- Cores conectam-se com nossas emoções.
- As pessoas querem engajar-se e participar. Não através de preço ou promoção, mas por conecção emocional entre pessoas e lugares.
- As marcas são criadas por pessoas, e não por companhias.
- As marcas que criam conexão emocional tem uma causa e sobrevivem.

- As marcar podem criar o papel de promover causar, já que os jovens tem este vazio nesta geração.
- É preciso ter evangelizadores da marca.
- Quanto mais importante for a essência da marca, mobilizadora, ela não será controladora.

- Emoção tem muito mais valor que razão.

- Não é mais possível agregar valor. É preciso criá-lo.
- O nível de comprometimento com a mudança, mudança de cultura, é importantíssimo para os líderes de empresa.

________ Extra

Jane McGonigal: Gaming can make a better world
- A Gen Y (2010) compra 27% de todos veículos. A Gen X (1985) comprava 38%. Isto mostra a economia de compartilhamento. Menos propriedade, menos motoristas. Nós estamos conectados e podemos partilhar.

- Livro: O dilema da inovação revolucionária.


quarta-feira, 21 de março de 2012

A verdade sobre trabalhar - versão dois



E enfim cheguei à conclusão que o único incentivo pelo qual as pessoas trabalham é a recompensa monetária.

Isto era um assunto bem complicado pra mim até dias atrás. Eu não conseguia entender como as pessoas conseguiam trabalhar tanto, porque elas todas se sujeitavam a esse tipo de vida e quais são suas motivações.

Raramente você vai encontrar alguém que faz o que faz porque gosta; uma escolha de livre e de espontânea vontade.
Já dizia Bill Cunningham “If you don’t take Money, they can’t tell you what to do. “. Ou seja, se você quer dinheiro, tem que fazer o que os outros mandam.

A questão eh que não tem escapatória. Todo mundo pode entrar numa carreira relacionada ao que gosta, mas no fim vai ser levado a um trabalho monótono e burocrático como todos os outros. (ok, não precisa ser assim necessariamente, mas eh só uma observação normalmente verdadeira).

Este pensamento que mudou completamente meu conceito sobre trabalhar, simplesmente ocorreu-me enquanto esperava para ser atendida no meu exame admissional.
Você vai lá, estuda medicina, uma das mais nobres profissões, tornar-se um doutor pensando em salvar vidas, fazer trabalho voluntario aos necessitados e tudo o mais, mas quando vai ver você se depara numa salinha atendendo 300 pessoas por dia e carimbando papeis.

É ai que esta.
Trabalho deve somente ser o foco de uma vida se pensando nos conhecimentos que você gostaria de adquirir e sabedoria que gostaria de nutrir para depois aplicar em sua vida real
(aquela que excluí as 8h diárias fazendo qualquer coisa que te mandam e mais as horas preso no transito).

Quando for escolher uma carreira, pense no que gostaria de saber fazer.


Se você optou por ter uma vida de luxo, ótimo. Vá trabalhar. Assim como antigamente as pessoas precisavam tirar o leite da vaca pra beber, buscar a agua com balde na cabeça e colocar um tijolo em cima do outro para ter sua casa. Elas estavam trabalhando para ter algo que queriam.
Hoje em dia acontece o mesmo. E eu só precisava dessa visão macro pra ver que o seu trabalho funciona como uma troca harmoniosa realizada por toda sociedade, a qual as pessoas têm o privilegio de escolherem aonde querem contribuir e se especializar.

Trabalhas pra viver e para ter, e se trabalhas mais, terás mais, construirá uma casa maior e assim por diante. E ainda há a vantagem de que ao escolher sua profissão, foi algo que quis, que tem uma habilidade para fazê-lo maior que a maioria, e o melhor, ainda pode aplicar seus conhecimentos para projetos que o agradem, como um hobby.

Em conclusão, quando for trabalhar, faça o melhor possível, você é precioso nesta cadeia, seja lá o que estiver fazendo, é necessário o que faça e faça bem. E saiba que, seja lá o que você consuma: alimentos, roupas, casas; tem muitas pessoas trabalhando ao máximo para poder fornecer o melhor.

Mas se você assim o quiser, ainda podes viver em uma casinha em algum lugar afastado, plantando sua comida e tudo o mais. Ideia que também muito me agrada.
E enfim... Eu falei e falei, mas nem tudo são rosas. Apesar da não tão aparente, mas existente, harmonia no sistema, as coisas poderiam ser muito melhores e melhores organizadas. Começando por uma oportunidade de educação igual para todos e depois com algum meio de planejar carreiras para todos, reduzindo também assim a carga horária que seria distribuída entre mais pessoas. Mas isso é outro assunto e bem complexo também.


Espero ter-me feito clara.
Inté. E aproveite o momento!

PS: A foto é de uma peça/quadro de patchwork que minha talentosíssima mãe fez. 
Como uma arte que ela ama, ela só faz para a família e para presentear pessoas queridas.
Porém pode fazer para encomendas também. Segue o link do blog aqui.



segunda-feira, 19 de março de 2012

Virei poeta


Na Paulista


Todo marcado.
Seu rosto rabiscado
E sorriso de lado
Fizeram-me arrepender um bocado
De ir tê-lo deixado.
Sem ao menos algo ter-te falado
Só pensando em tê-lo fotografado,
Mas você saiu avoado.
Oh, se pudesse voltar ao passado.
Um tempo teria aproveitado
Perdida em teu azul olhar focado
Naquele índio humorado.




É fácil rimar com "ado". O difícil é colocar umas pausas adequadas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Moda ética


Quando estava na Austrália li sobre essa iniciativa muito legal da Ethical Clothing Australia chamada Meet Your Maker.

Fiquei de escrever aqui, mas demorei muito. Felizmente publicaram um artigo pra contar sobre isso pra vocês.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

What A Way To Go: Life at the End of Empire

It's pretty easy to sell stuff to people who are so disconected from the things that they most need.

É bem fácil vender coisas para pessoas desconectadas do que realmente precisam.




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ai, o consumismo




- Tem certeza que você precisa de todo este material?

A) - Mas é claro que sim, eu sou um artista!

B) - Claro que não, eu sou um artista!

Como é difícil falar não pra algo, deixar de comprar algo. É tão bom ter as coisas, mas ao mesmo tempo enche o saco querer ter as coisas.

Quando vou comprar algo penso se precismo mesmo daquilo. Na maioria das vezes a resposta é não. Não preciso de quase nada.

Se sou uma artista consigo muito bem ser criativa e criar sem precisar comprar nenhum novo material.

Eu estou comprando coisas porque no momento tenho lugar pra guardar, tenho um armário, gavetas, prateleira, mas e depois? Fico pensando em como vou fazer pra voltar pra casa com minhas duas malas de 30kg e com o tanto de coisas que eu comprei e não preciso.

Essa necessidade de ter as coisas enche o saco mesmo. Minhas aquisições aqui: roupas, livros, enfeites, material de arte.

Tenho mania de comprar muita besteira por estar barato. Quando vejo um preço baixo meio que não me controlo muito e já vou comprando, mas de cinco em cinco dólares já deu uma boa soma pro orçamento, que eu poderia ter gasto com algo mais útil, por exemplo uma diária num albergue, passagem de avião, uma roupa mais legal (roupas estão na parte de difícil definição que precisa ser melhor desenvolvida)

Tanto não preciso de nada que nem lembro o que restou no meu quarto quando fechei as malas e peguei meu avião. Vai ser uma surpresa quando voltar, do tipo "nossa, é mesmo..eu tenho isso", e também vou voltar em boa hora pra fazer uma doação geral de natal.

Estou bem nessa vibe de up-cycling. Provavelmente por esse estilo australiano. Todo mundo parece se vestir muito bem e acho que posso dizer que tendo estilo, afinal eles se vestem bem de acordo com as tendencias. São muito consumistas, mas o fato de você ter uma informação de moda, gostar de tal e ter algum estilo facilita o consumo em geral e não só de roupas novas. Com essa informação individual de moda eles tem como montar um visual com qualquer coisa.

O ponto que quero chegar é nos second-hand. As roupas não parecem velhas que nem nos brechós do Brasil. Consegui comprar muitas coisas por 1 dólar e vira e mexe ouço elogios sobre minhas peças.


Acho que os australianos sabem bem misturar o fast fashion, high fashion e second-hand com facilidade. A final, o que importa é a imagem, e não a marca ou seja lá o que for.
E se for ver é tão fácil, tão básico. Camiseta, calça, shorts, um vestidinho, bota, vans. Tá pronto! E lindo.

De qualquer forma.. ai, o consumismo.., coisas baratas, como é difícil resistir.

Estou tentando ser uma consumidora mais consciente agora. Isso vai ser resumido em dois fatores que eu talvez venha a explicar depois: algodão orgânico e fabricação.

Você vai comprar uma roupa nova e já está na hora de se preocupar pelo que aquele produto passou pra chegar até você. Sei que é difícil, mas será mesmo que aquele casaquinho de 15dólares vale só isso mesmo? E você vai conseguir resistir à uma pechincha dessas?

Pois é, o poder de mudança para um mundo melhor e mais justo está na mão de todos.
Chega de comprar produtos que não sejam eco! Cadê meu algodão orgânico? Quero saber se o fazendeiro e sua família que plantou esse algodão aqui não está doente por conta dos pesticidas que ele usa, quero saber se alguém foi intoxicado por conta de tingimentos, quero saber se a mão de obra trabalha em boas condições e recebe um salário justo.

Mas e como ter todas essas informações? Eu também não sei.

Você sabia que somente a indústria têxtil do U.K. produz 3.1 milhões de toneladas de CO2 por ano e 1.5 milhões de toneladas de roupas terminando no aterro!? (Minney, 2011)

O que podemos pelo menos começar a fazer é optar por roupas de boa qualidade e que vão ser úteis por bastante tempo e suportar condições justas de trabalho. E não se esqueça, a second-hand tá lá. Pode não ser muito atraente no Brasil, mas sei que tudo vai melhorar com o tempo.

É meio contraditório isso. Como vamos seguir as tendência e comprar roupas que vamos usar por vários anos ao mesmo tempo?
Não se preocupe, está tudo ok. O estilo sobressai qualquer tendência.

Pra quem quiser ficar um pouco mais informado sobre essa nossa indústria doida, mas que tem um bom caminho de melhoras pela frente, vale a pena sempre dar uma olhada nos artigos do The Ecologist.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

domingo, 2 de outubro de 2011

I've been busy

I'm sorry blog and me and whoever reads this.

The good news is that i've started to post on my tumblr.

But I'll be back soon. (I hope)

By the way, I don't know about this new layout. It's kinda weird.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Madeon


Só precisava registrar como fiquei fascinada com essa música e vídeo desse menino de 17 anos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

DUST

IN THE INDUSTRIAL CITIES, TINY LITTLE PARTICLES FLUTTER IN SUSPENSION, COMING FROM INDUSTRIES, CARS AND EVEN SOMETIMES FROM HYDROELECTRIC POWER STATIONS: IT'S THE DUST.
HIDDEN, SILENT, OMNIPRESENT IN OUR LIVES, IT LANDS EVERYWHERE: THE HOUSE, THE ROOF, AMONG THE HAIR, BETWEEN THE FINGERS....

DUST IS A NEW REFRESHING FASHION & ART MAGAZINE. WITH A BIANNUAL PUBLISHING FREQUENCY, DUST WAS BORN IN EARLY 2010 WITH THE DESIRE TO PROVIDE A NEW AND DIFFERENT POINT OF VIEW TO THE FASHION MAGAZINE MARKET.

WE FEEL THE NEED OF FILLING THE GAPS THAT THE REST OF MAGAZINES LEAVE, FIGHTING IN A CERTAIN WAY, AGAINST THE INCREASINGLY STRONGER ELITIST SPIRIT OF THE PUBLISHING WORLD.

WE BET AND SUPPORT ARTIST'S COLLABORATIONS, WHETHER THEY ARE ANONYMOUS OR UPCOMING ONES, WE'D LIKE TO SEARCH NEW TALENTS, SINCE WE ARE INTERESTED ON THE REAL QUALITY OF THEIR WORK, AND NOT ONLY ON THE NAME OF THE PEOPLE WHO MADE IT.
WE WANT ARTISTS TO FEEL COMPLETELY FREE TO DEVELOP AND VENT THEIR OWN NEEDS SO THEY CAN CREATE THEIR WORKS WITHOUT ANY FEAR OR VAIN CENSURES. WE WILL GO DEEP INTO THE ARTIST'S WORLD, INTERVIEWING AND MEETING THEM, IN ORDER TO GET A REAL KNOWLEDGE OF THEIR CREATIONS AND PERSONALITY. WE WANT FASHION TO BECOME SOMETHING MUCH CLOSER TO AN ARTISTIC POINT OF VIEW THAN TO A COMMERCIAL ATMOSPHERE, AS WE CONSIDER IT AS A PATH FOR CREATION AND NOT THE OPPOSITE.

THAT'S WHY WE ARE NOT INTERESTED IN THE COLLECTION'S DATE, OR THE SUITABLE TIME FOR PROMOTION SINCE WE CONSIDER THAT ART AND FASHION ARE ALWAYS CONTEMPORARY. DUST IS A LONDON BASED MAGAZINE, EVEN IF IT'S MADE AND PRODUCED IN DIFFERENT CITIES AROUND THE WORLD, SUCH AS NEW YORK, MADRID, BERLIN, MILAN AND PARIS BY A SPECIFIC TEAM OF CREATIVE MINDS THAT WANT TO RENEW THE CURRENT SITUATION WITH THIS NEW THRIVING PROJECT.