quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ai, o consumismo




- Tem certeza que você precisa de todo este material?

A) - Mas é claro que sim, eu sou um artista!

B) - Claro que não, eu sou um artista!

Como é difícil falar não pra algo, deixar de comprar algo. É tão bom ter as coisas, mas ao mesmo tempo enche o saco querer ter as coisas.

Quando vou comprar algo penso se precismo mesmo daquilo. Na maioria das vezes a resposta é não. Não preciso de quase nada.

Se sou uma artista consigo muito bem ser criativa e criar sem precisar comprar nenhum novo material.

Eu estou comprando coisas porque no momento tenho lugar pra guardar, tenho um armário, gavetas, prateleira, mas e depois? Fico pensando em como vou fazer pra voltar pra casa com minhas duas malas de 30kg e com o tanto de coisas que eu comprei e não preciso.

Essa necessidade de ter as coisas enche o saco mesmo. Minhas aquisições aqui: roupas, livros, enfeites, material de arte.

Tenho mania de comprar muita besteira por estar barato. Quando vejo um preço baixo meio que não me controlo muito e já vou comprando, mas de cinco em cinco dólares já deu uma boa soma pro orçamento, que eu poderia ter gasto com algo mais útil, por exemplo uma diária num albergue, passagem de avião, uma roupa mais legal (roupas estão na parte de difícil definição que precisa ser melhor desenvolvida)

Tanto não preciso de nada que nem lembro o que restou no meu quarto quando fechei as malas e peguei meu avião. Vai ser uma surpresa quando voltar, do tipo "nossa, é mesmo..eu tenho isso", e também vou voltar em boa hora pra fazer uma doação geral de natal.

Estou bem nessa vibe de up-cycling. Provavelmente por esse estilo australiano. Todo mundo parece se vestir muito bem e acho que posso dizer que tendo estilo, afinal eles se vestem bem de acordo com as tendencias. São muito consumistas, mas o fato de você ter uma informação de moda, gostar de tal e ter algum estilo facilita o consumo em geral e não só de roupas novas. Com essa informação individual de moda eles tem como montar um visual com qualquer coisa.

O ponto que quero chegar é nos second-hand. As roupas não parecem velhas que nem nos brechós do Brasil. Consegui comprar muitas coisas por 1 dólar e vira e mexe ouço elogios sobre minhas peças.


Acho que os australianos sabem bem misturar o fast fashion, high fashion e second-hand com facilidade. A final, o que importa é a imagem, e não a marca ou seja lá o que for.
E se for ver é tão fácil, tão básico. Camiseta, calça, shorts, um vestidinho, bota, vans. Tá pronto! E lindo.

De qualquer forma.. ai, o consumismo.., coisas baratas, como é difícil resistir.

Estou tentando ser uma consumidora mais consciente agora. Isso vai ser resumido em dois fatores que eu talvez venha a explicar depois: algodão orgânico e fabricação.

Você vai comprar uma roupa nova e já está na hora de se preocupar pelo que aquele produto passou pra chegar até você. Sei que é difícil, mas será mesmo que aquele casaquinho de 15dólares vale só isso mesmo? E você vai conseguir resistir à uma pechincha dessas?

Pois é, o poder de mudança para um mundo melhor e mais justo está na mão de todos.
Chega de comprar produtos que não sejam eco! Cadê meu algodão orgânico? Quero saber se o fazendeiro e sua família que plantou esse algodão aqui não está doente por conta dos pesticidas que ele usa, quero saber se alguém foi intoxicado por conta de tingimentos, quero saber se a mão de obra trabalha em boas condições e recebe um salário justo.

Mas e como ter todas essas informações? Eu também não sei.

Você sabia que somente a indústria têxtil do U.K. produz 3.1 milhões de toneladas de CO2 por ano e 1.5 milhões de toneladas de roupas terminando no aterro!? (Minney, 2011)

O que podemos pelo menos começar a fazer é optar por roupas de boa qualidade e que vão ser úteis por bastante tempo e suportar condições justas de trabalho. E não se esqueça, a second-hand tá lá. Pode não ser muito atraente no Brasil, mas sei que tudo vai melhorar com o tempo.

É meio contraditório isso. Como vamos seguir as tendência e comprar roupas que vamos usar por vários anos ao mesmo tempo?
Não se preocupe, está tudo ok. O estilo sobressai qualquer tendência.

Pra quem quiser ficar um pouco mais informado sobre essa nossa indústria doida, mas que tem um bom caminho de melhoras pela frente, vale a pena sempre dar uma olhada nos artigos do The Ecologist.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

domingo, 2 de outubro de 2011

I've been busy

I'm sorry blog and me and whoever reads this.

The good news is that i've started to post on my tumblr.

But I'll be back soon. (I hope)

By the way, I don't know about this new layout. It's kinda weird.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Madeon


Só precisava registrar como fiquei fascinada com essa música e vídeo desse menino de 17 anos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

DUST

IN THE INDUSTRIAL CITIES, TINY LITTLE PARTICLES FLUTTER IN SUSPENSION, COMING FROM INDUSTRIES, CARS AND EVEN SOMETIMES FROM HYDROELECTRIC POWER STATIONS: IT'S THE DUST.
HIDDEN, SILENT, OMNIPRESENT IN OUR LIVES, IT LANDS EVERYWHERE: THE HOUSE, THE ROOF, AMONG THE HAIR, BETWEEN THE FINGERS....

DUST IS A NEW REFRESHING FASHION & ART MAGAZINE. WITH A BIANNUAL PUBLISHING FREQUENCY, DUST WAS BORN IN EARLY 2010 WITH THE DESIRE TO PROVIDE A NEW AND DIFFERENT POINT OF VIEW TO THE FASHION MAGAZINE MARKET.

WE FEEL THE NEED OF FILLING THE GAPS THAT THE REST OF MAGAZINES LEAVE, FIGHTING IN A CERTAIN WAY, AGAINST THE INCREASINGLY STRONGER ELITIST SPIRIT OF THE PUBLISHING WORLD.

WE BET AND SUPPORT ARTIST'S COLLABORATIONS, WHETHER THEY ARE ANONYMOUS OR UPCOMING ONES, WE'D LIKE TO SEARCH NEW TALENTS, SINCE WE ARE INTERESTED ON THE REAL QUALITY OF THEIR WORK, AND NOT ONLY ON THE NAME OF THE PEOPLE WHO MADE IT.
WE WANT ARTISTS TO FEEL COMPLETELY FREE TO DEVELOP AND VENT THEIR OWN NEEDS SO THEY CAN CREATE THEIR WORKS WITHOUT ANY FEAR OR VAIN CENSURES. WE WILL GO DEEP INTO THE ARTIST'S WORLD, INTERVIEWING AND MEETING THEM, IN ORDER TO GET A REAL KNOWLEDGE OF THEIR CREATIONS AND PERSONALITY. WE WANT FASHION TO BECOME SOMETHING MUCH CLOSER TO AN ARTISTIC POINT OF VIEW THAN TO A COMMERCIAL ATMOSPHERE, AS WE CONSIDER IT AS A PATH FOR CREATION AND NOT THE OPPOSITE.

THAT'S WHY WE ARE NOT INTERESTED IN THE COLLECTION'S DATE, OR THE SUITABLE TIME FOR PROMOTION SINCE WE CONSIDER THAT ART AND FASHION ARE ALWAYS CONTEMPORARY. DUST IS A LONDON BASED MAGAZINE, EVEN IF IT'S MADE AND PRODUCED IN DIFFERENT CITIES AROUND THE WORLD, SUCH AS NEW YORK, MADRID, BERLIN, MILAN AND PARIS BY A SPECIFIC TEAM OF CREATIVE MINDS THAT WANT TO RENEW THE CURRENT SITUATION WITH THIS NEW THRIVING PROJECT.

domingo, 1 de maio de 2011

Leebo Freeman e David Byun



Estava pesquisando vídeos do Leebo Freeman que ando vendo demasiado pelos editorias e, acabei encontrando esses vídeos incríveis que o David Byun fez para a W Magazine.
Fiquei extasiada! São muito bons os vídeos dessa série "how to sell".



E tem mais lá no youtube.




E não vou esquecer de continuar sobre o Leebo. Ficou indescritivelmente melhor com o cabelo platinado que combinou bem com sua pele pálida e olheiras. Similar ao Luke Worrall que também não fica legal com cabelo escuro.
(Fotos via HommeModel)


sábado, 19 de março de 2011

Achados

"


QUINTA-FEIRA, MAIO 08, 2003
Nesses ultimos dias estive passado. Estou passado... Ok. Eu tive outros relacionamentos aqui em Londres, mas eu nao me sentia tao...viajado como agora. E num passar de magica, todo e qualquer problema desaparece, as dificuldades se tornam pequenos obstaculos, facilmente transponiveis... Millie, 29 anos. Linda, linda linda. Eh a tipica "hacknista", tipica moradora de Hackney. E quando me dou conta, estou eu planejando irmos ao Brasil, viajar de norte a sul. ............................

SEXTA-FEIRA, ABRIL 25, 2003
Moro na area mais obscura de um bairro que jah eh obscuro. Hackney Wick, no distrito de Hackney. Ocuparam um Pub logo em frente a minha casa, e todo fim-de-semana rolam festas, das mais loucas. O local lota. As festas comecam na sexta e terminam soh no Domingo a tarde. Quem disse que os Pub's nao abrem depois das 23 horas? Em Hackney tudo eh possivel. Aos domingos rola o famoso Hackney Wick Market, um mercado popular onde se pode comprar dese laranja ateh televisores. E se vc nao tem dinheiro nenhum basta ir mais a tarde, quando as barracas estao sendo desmontadas, muitos comerciantes deixam pra traz mercadorias que nao venderam: roupas, objetos de cozinha, frutas, etc.


Em Dalston Lane, no outro extremo de Hackney, ha uma ocupaçao de 3 conjuntos de lojas. Os moradores transformaram o lugar num centro de convivencia. As quintas rola um cafe (o pessoal prepara um comida, vende cerveja, etc. Rola cursos de ingles. A maioria da galera eh squatter. Espanhois, italianos, poloneses, os mais fudidos e mal pagos. E vamos nos ajudando, quando aparece alguem novo, o pessoal dah uma força - "tem um apartamento vazio na rua tal" ...



"


Pena que o blog está abandonado desde 2003

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Desenho do Dia


Nada que ficar uma semana sem computador não tenha feito eu voltar a desenhar/rabiscar.
E seguirá a série temática motorcycle jacket